Adolescente de igarapé-miri recebe atendimento na santa casa
Uma
adolescente de 16 anos, moradora do município de Igarapé-Miri, nordeste
do Estado, deu entrada na manhã de ontem na Fundação Santa Casa de
Misericórdia, em Belém, vítima de escalpamento. É o oitavo caso de
acidente com o eixo do motor registrado somente este ano na instituição.
Em 2011, foram nove. Os filhos gêmeos da jovem, com apenas sete meses,
estão sendo atendidos pelo banco de leite da Santa Casa.
Simone
Fonseca da Silva, irmã da vítima, relatou que no início da tarde de
quarta-feira, 11, a adolescente apanhou o barco da família para visitar
parentes em uma localidade próxima de onde mora. O motor da embarcação
estava com o eixo desprotegido e, embora a vítima estivesse com os
cabelos presos, por acidente, acabou tendo parte deles soltos e sugados
pela engrenagem. Com a força do motor, o couro cabeludo foi totalmente
arrancado.
Socorro
Ruivo, coordenadora do Programa de Assistência Integral às Vítimas de
Escalpamento (Paives), ressalta que essa é a terceira vítima vinda do
município de Igarapé-Miri e que, apesar das constantes campanhas de
prevenção, os acidentes continuam acontecendo. 'Precisamos intensificar
as campanhas de conscientização de cobertura do eixo do motor e garantir
um maior comprometimento das prefeituras das regiões ribeirinhas no
sentido de fiscalizar e educar seus moradores', destaca.
O Estado registra,
entre 1982 e 2012, mais de 250 casos de de escalpamento, ocorridos na
mesorregião do Marajó, região metropolitana, nordeste e Baixo Tocantins.
Para o capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Francisco Pereira
Valle, a parceria com a Fundação Santa Casa vem reforçar as ações de
prevenção que a Marinha faz nas comunidades ribeirinhas da Amazônia. 'O
transporte de pessoas em barcos é muito comum no Pará e desde 2001 a
Marinha atua no combate a este tipo de acidente. Instalamos, sem custos e
sem punição para quem ainda não o fez, a proteção do eixo do motor e,
para isso, basta que os proprietários de embarcações entrem em contato
com qualquer navio da Marinha, pois todos eles são equipados com o
material necessário para esse serviço', esclareceu.Fonte: Amazônia jornal