19 de julho de 2012

Escalpamento faz nova vítima em Igarapé Miri


Adolescente de igarapé-miri recebe atendimento na santa casa
Uma adolescente de 16 anos, moradora do município de Igarapé-Miri, nordeste do Estado, deu entrada na manhã de ontem na Fundação Santa Casa de Misericórdia, em Belém, vítima de escalpamento. É o oitavo caso de acidente com o eixo do motor registrado somente este ano na instituição. Em 2011, foram nove. Os filhos gêmeos da jovem, com apenas sete meses, estão sendo atendidos pelo banco de leite da Santa Casa.
Simone Fonseca da Silva, irmã da vítima, relatou que no início da tarde de quarta-feira, 11, a adolescente apanhou o barco da família para visitar parentes em uma localidade próxima de onde mora. O motor da embarcação estava com o eixo desprotegido e, embora a vítima estivesse com os cabelos presos, por acidente, acabou tendo parte deles soltos e sugados pela engrenagem. Com a força do motor, o couro cabeludo foi totalmente arrancado.
Socorro Ruivo, coordenadora do Programa de Assistência Integral às Vítimas de Escalpamento (Paives), ressalta que essa é a terceira vítima vinda do município de Igarapé-Miri e que, apesar das constantes campanhas de prevenção, os acidentes continuam acontecendo. 'Precisamos intensificar as campanhas de conscientização de cobertura do eixo do motor e garantir um maior comprometimento das prefeituras das regiões ribeirinhas no sentido de fiscalizar e educar seus moradores', destaca.
O Estado registra, entre 1982 e 2012, mais de 250 casos de de escalpamento, ocorridos na mesorregião do Marajó, região metropolitana, nordeste e Baixo Tocantins. Para o capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Francisco Pereira Valle, a parceria com a Fundação Santa Casa vem reforçar as ações de prevenção que a Marinha faz nas comunidades ribeirinhas da Amazônia. 'O transporte de pessoas em barcos é muito comum no Pará e desde 2001 a Marinha atua no combate a este tipo de acidente. Instalamos, sem custos e sem punição para quem ainda não o fez, a proteção do eixo do motor e, para isso, basta que os proprietários de embarcações entrem em contato com qualquer navio da Marinha, pois todos eles são equipados com o material necessário para esse serviço', esclareceu.
Fonte: Amazônia jornal

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