Vivemos uma escalada sem
precedentes, na história do Pará, em termos de violência. Em 90 horas, entre o
começo da madrugada de sexta-feira (23) e o começo da noite de ontem, os
registros policiais em todo o Estado apontam para 64 pessoas assassinadas sem que
haja, por parte do Governo do Estado, uma posição enérgica para conter a onda
de violência. A Região Metropolitana de Belém registrou, nesses 4 dias, 30
assassinatos, entre latrocínios (roubo seguido de morte), homicídios e
situações em decorrência de intervenção policial.
Nesse balanço, não estão
incluídas outras situações de mortes violentas como são os casos de suicídios,
afogamentos, vítimas de descarga elétrica e acidentes envolvendo veículos.
Somente entre as 18h de domingo (25) e 6h da manhã de ontem, foram nada menos
que 13 homicídios na Grande Belém. Dentre os casos, chamaram a atenção o do
adolescente de apenas 17 anos, morto com 8 tiros quando estava em sua
residência na passagem Tucunduba, no bairro do Guamá, em Belém, e o de Mário
Estevão Sacramento Barros, de 41 anos que não conseguiu fugir dos matadores na
travessa Quintino Bocaiuva, com a travessa Tupinambás, no bairro do Jurunas, na
capital paraense.
No bairro da Brasília, na
tarde de ontem, distrito de Outeiro, Franciel Virgulino da Silva, de 21 anos
teria saído de manhã para apanhar açaí e acabou morto com 2 tiros, no porto
Beira-Mar.
Os registros do Sistema de
Segurança apontam que a noite de domingo (25) em Belém e arredores foi de
“toque de recolher”. As ocorrências e testemunhas apontam para homens encapuzados
ora em carros ora em motocicletas atirando e matando. Mas os crimes não foram
pontuados só na Grande Belém. A onda de violência varreu o interior do Estado,
da região sul do Pará, ao extremo da Ilha do Marajó, deixando enlutadas
famílias e comunidades inteiras e com um agravante: nem 10% dos assassinos
foram presos.
Veja a relação:
(Diário do Pará)
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