27 de outubro de 2015

Mais de 60 pessoas são mortas em 90 horas no Pará

Vivemos uma escalada sem precedentes, na história do Pará, em termos de violência. Em 90 horas, entre o começo da madrugada de sexta-feira (23) e o começo da noite de ontem, os registros policiais em todo o Estado apontam para 64 pessoas assassinadas sem que haja, por parte do Governo do Estado, uma posição enérgica para conter a onda de violência. A Região Metropolitana de Belém registrou, nesses 4 dias, 30 assassinatos, entre latrocínios (roubo seguido de morte), homicídios e situações em decorrência de intervenção policial.
Nesse balanço, não estão incluídas outras situações de mortes violentas como são os casos de suicídios, afogamentos, vítimas de descarga elétrica e acidentes envolvendo veículos. Somente entre as 18h de domingo (25) e 6h da manhã de ontem, foram nada menos que 13 homicídios na Grande Belém. Dentre os casos, chamaram a atenção o do adolescente de apenas 17 anos, morto com 8 tiros quando estava em sua residência na passagem Tucunduba, no bairro do Guamá, em Belém, e o de Mário Estevão Sacramento Barros, de 41 anos que não conseguiu fugir dos matadores na travessa Quintino Bocaiuva, com a travessa Tupinambás, no bairro do Jurunas, na capital paraense.
No bairro da Brasília, na tarde de ontem, distrito de Outeiro, Franciel Virgulino da Silva, de 21 anos teria saído de manhã para apanhar açaí e acabou morto com 2 tiros, no porto Beira-Mar.
Os registros do Sistema de Segurança apontam que a noite de domingo (25) em Belém e arredores foi de “toque de recolher”. As ocorrências e testemunhas apontam para homens encapuzados ora em carros ora em motocicletas atirando e matando. Mas os crimes não foram pontuados só na Grande Belém. A onda de violência varreu o interior do Estado, da região sul do Pará, ao extremo da Ilha do Marajó, deixando enlutadas famílias e comunidades inteiras e com um agravante: nem 10% dos assassinos foram presos.
Veja a relação:


(Diário do Pará)


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