30 de agosto de 2013

Universitário do Pará morto no TO será enterrado nesta sexta-feira


O corpo do estudante de geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Yego Cunha Leal, será encaminhado nesta quinta-feira (29) para a cidade de Igarapé-Miri, onde será velado e enterrado, na sexta-feira (30). Yego foi encontrado morto, em uma região próximo a Babaçulândia, no extremo norte do estado, nesta quarta-feira (28). Ele estava desaparecido desde domingo (25), quando fazia um trabalho de mapeamento geológico, com outros estudantes da UFPA, na região.
O corpo encontrado próximo à Babaçulândia, no extremo-norte do Tocantins, foi encaminhado na quarta-feira (28) para o Instituto Médico Legal de Araguaína (IML), no entanto, segundo o tio do jovem, Frank Wallace Cunha Leal, a pedido da delegada da cidade foi enviado para o IML de Palmas para que pudessem ser feitos outros procedimentos. O corpo foi liberado ainda na manhã desta quinta-feira (29). “Não foi decisão da família, eles alegaram que o IML de lá [Araguaína] não tem estrutura adequada para fazer um exame de raio-x para ver se houve alguma briga corporal, me falaram isso”, explica.
Frank conta que os familiares ficaram sabendo do desaparecimento de Yego apenas na terça-feira (26) pela manhã. O jovem morava em Marabá, onde cursava o quinto período do curso de geologia. “Quando descobrimos, foi na terça-feira, através de colegas que ligaram dizendo que havia um boato que ele estava sumido na mata. Então eu, meu irmão e um tio dele saímos para Babaçulândia. Chegamos umas 4h da madrugada da quarta-feira (28), seis da manhã chegou uma equipe e fomos pra mata.”
Ele conta que populares da cidade também participaram da buscas e foram eles que encontraram o corpo. “Antes do meio-dia gritaram, um senhor idoso e mais umas mulheres dizendo: ‘está aqui, está aqui’. Meu irmão foi, não tive coragem. Acionaram o IML e fizeram a remoção.” O tio ressalta que Yego foi encontrado a 300 metros do ponto em que o professor disse ter o deixado, pela última vez, no domingo (25).
“Eu penso assim, foi domingo, às 17h. Um rapaz desse, de 21 anos, não acredito que ele não aguente dois dias de fome e sede. Se ele aguentasse, domingo e segunda, que morresse na terça e o encontrássemos na quarta, não estava no estado que ele estava, em decomposição. Ele morreu mesmo no domingo e ficou por lá”, desabafa o tio.
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De acordo com Frank, um avião cedido pelo governo do estado do Pará seria enviado ainda nesta quinta-feira (29) para encaminhar o corpo para a cidade natal de Yego.  O universitário era filho único da mãe e foi criado junto com os avós e tios. A última vez que ele esteve em Igarapé-Miri foi no Dia dos Pais, no último dia 11 de agosto.
No domingo (25), o grupo de estudantes participava de um treinamento de mapeamento geológico na região entre Babaçulândia eWanderlândia, norte do Tocantins, quando dois colegas de Yego teriam passado mal por insolação. Ele, acompanhado do professor Antônio Emídio de Araújo Santos Júnior, foram buscar o carro para socorrê-los. No caminho, Yego também teria passado mal pela mesma razão. O professor pediu que ele esperasse no local até que voltasse com o carro, mas quando retornou o estudante havia sumido.
                           

 Fonte: G1

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